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Ministério da Saúde - MS
Secretaria de Atenção Primária à Saúde- SAPS

 

Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos é lançado durante XV ENAM

Data de publicação: 13/11/2019


Coordenação de Alimentação e Nutrição da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde atualiza recomendações para os pequenos


Foi lançado, nesta quarta-feira (13), o novo Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, que reforça o papel da alimentação como fundamental em todas as etapas da vida, especialmente nos primeiros anos, que são decisivos para o crescimento e formação de bons hábitos para a manutenção da saúde.

A publicação foi apresentada no Rio de Janeiro, durante o XV Encontro Nacional de Aleitamento Materno (XV ENAM); V Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável (V ENACS); III Conferência Mundial de Aleitamento Materno (3rd WBC) e I Conferência Mundial de Alimentação Complementar (1st WCFC), que acontecem simultaneamente no Rio de Janeiro (RJ).

Na ocasião, o ministro de Saúde Luiz Mandetta discursou sobre o Guia, que recomenda o não uso do açúcar e de alimentos ultraprocessados para crianças menores de dois anos, além do uso de água. “Esse é um trabalho construído por inúmeras mãos em prol da saúde das crianças brasileiras. O guia não só aponta o caminho a ser seguido, como mostra o que devemos mudar na alimentação infantil”, reforçou o ministro.

Segundo a coordenadora de Alimentação e Nutrição da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (CGAN/SAPS/MS), Gisele Bortolini, o encontro foi uma ótima oportunidade para lançamento do guia. “Temos aqui mais de dois mil (2000) profissionais que podem incorporar as novas orientações que a publicação traz na prática do dia a dia. Essas pessoas estão trabalhando em algum ponto de atenção do SUS ou do sistema privado e podem contribuir com a promoção tanto do aleitamento materno quanto da alimentação complementar”, afirmou a coordenadora.

Além do fomento de ações que orientam a sociedade quanto ao aleitamento materno e à alimentação dos pequenos, o Ministério da Saúde tem financiado estudos que avaliam outras estratégias como efetivas para a prevenção da obesidade infantil, e reconhecem ser importante avançar nessas agendas. “Pesquisas mostram que quando são criadas políticas públicas que influenciam no ambiente onde as pessoas estão, como a restrição da publicidade de alimentos ultraprocessados; a rotulagem frontal; e a regulamentação das cantinas escolares, há maior sucesso na prevenção da obesidade infantil”, finalizou Gisele Bortolini.

Já a diretora do Departamento de Promoção à Saúde da Secretaria de Atenção Primária, Lívia Faller, reforçou o compromisso do Ministério da Saúde em contribuir para o desenvolvimento de estratégias para a promoção da alimentação adequada e saudável de crianças, considerando a especificidade e a relevância dos primeiros anos de vida.

"A publicação é para todas as pessoas que participam do cuidado com as crianças e também pode apoiar os profissionais de saúde, educação e assistência social que cuidam delas em seus locais de trabalho, como as unidades de atenção primária e escolas infantis", coloca. "Ou seja, todo e qualquer espaço comprometido com a promoção de uma alimentação adequada e saudável para crianças", finaliza.

Novidades

Entre as novidades do Guia, estão as recomendações de consumo com base no nível de processamento do alimento e não com foco apenas em nutrientes; dicas de culinária; direitos relacionados à alimentação infantil; e a alimentação como um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto. O Guia soma com a Campanha de Prevenção de Controle e Obesidade Infantil divulgada pelo ministro da Saúde na mesma ocasião. 

Os 12 Passos que o guia traz para uma alimentação mais saudável

  • Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses;
  • Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses;
  • Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras bebida açucaradas;
  • Oferecer a comida amassada quando a criança começar a comer outros alimentos além do leite materno;
  • Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2 anos de idade;
  • Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança;
  • Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família;
  • Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família;
  • Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição.
  • Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família;
  • Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa;
  • Proteger a criança da publicidade de alimentos.

A primeira versão do Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos foi publicada em 2002 e revisada em 2010. Esta nova edição (2019) atualiza as recomendações de acordo com novas evidências científicas disponíveis e alinha as orientações com o Guia Alimentar para População Brasileira no intuito de induzir políticas públicas para promover, apoiar e incentivar o aleitamento materno e a alimentação complementar.

De NUCOM/SAPS

Colaboração: Agência Saúde

Fotos: Erasmo Salomão e Priscilla Leonel

 

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